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Item 740 - Primeira Igreja construída em Santa Maria
Parte de Prefeitura Municipal
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Código de referência
Título
Data(s)
- Entre 1800 e 1900. (Produção)
Nível de descrição
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História biográfica
Entidade detentora
História do arquivo
Procedência
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Âmbito e conteúdo
Data de construção (1808) – Capelinha na embocadura da atual Av. Rio Branco. Com 80 anos de existência, a capelinha ameaçava ruir, por isso foi demolida em 25/12/1888. O material foi arrematado por João Daudt Filho e alguns amigos, por 205 mil réis e foi utilizado na construção do Theatro Treze de Maio, iniciada em 1889.
"Pego de surpresa com a rapidez com que se leiloou o templo, mas principalmente com o destino do material e o preço final do arremate, o padre Aquiles Catalano enviou um telégrafo para o vigário capitular em Porto Alegre no dia 24 de dezembro de 1888: “Amanhã vão demolir igreja velha. Materiais arrematados para edificar teatro! É lícito? Existem dentro restos [mortais] vigário [Antônio Gomes Coelho do] Vale; devo antes exumá-los? Convém reservar pedra fundamental?”
Antes de vermos a resposta do vigário capitular é preciso dizer que o bispo Dom Sebastião Dias Laranjeira falecera em agosto de 1888, não acompanhando o desenrolar do episódio da matriz em Santa Maria. Mesmo antes da morte do bispo, o vigário capitular, monsenhor Vicente Ferreira da Costa Pinheiro, já vinha administrando os assuntos do bispado. Por esse motivo tudo o que dizia respeito à religião católica na Província ficou a cargo do monsenhor Vicente Ferreira da Costa Pinheiro, situação que prevalecerá até a posse do novo bispo, em setembro de 1890.
Após receber o telégrafo do vigário Aquiles Catalano, monsenhor Pinheiro rapidamente enviou um ofício ao presidente da Província, ainda no dia 24 de dezembro de 1888:
O vigário de Santa Maria da Boca do Monte acaba de telegrafar-me, comunicando que amanhã [25 de dezembro] vai ser demolida a Igreja Matriz daquela cidade, porque se acha arruinada, sendo os seus materiais arrematados para edificaçãode um teatro.(...) parecendo-me que até de propósito se escolheu o aludido dia, em que a Igreja Católica celebra o nascimento do Redentor do mundo para se consumar esta espécie de violência e profanação. (grifos nossos)
Pelas primeiras declarações de monsenhor Pinheiro, o agravante não era tanto a demolição em si, mas a data escolhida para tal feito. O representante do bispado interpretou essa atitude das autoridades do local como uma agressão à Igreja Católica, uma “violência e profanação”, ainda mais... [...]"
(KARSBURG, 2007, p. 51 - 52).
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Fonte: KARSBURG, Alexandre de Oliveira. Sobre as ruínas da velha Matriz: religião e política em tempos de ferrovia (Santa Maria 1884-1897). Dissertação (Mestrado Profissional em História das sociedades ibéricas e americanas) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2007. Disponível em:<http://tardis.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/3783/1/000388367-Texto%2BCompleto-0.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2013.
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